Ao analisar o destaque mundial da Alemanha nas exportações de café, Tecnologia a Serviço da Cafeicultura: Logística e Competitividade tomou como objeto de estudo a exportação de café nesses dois países - Brasil e Alemanha – nos aspectos em se diferenciam.
A partir de pesquisa bibliográfica, análise qualitativa e entrevistas com produtora de café e trader, responsáveis pela exportação do produto, buscou-se esclarecer a influência da tecnologia alemã, o processo de beneficiamento de café e o desenvolvimento da logística em suas exportações. Fez-se comparação, nas devidas proporções, com o desempenho brasileiro, respaldados pela contribuição das disciplinas do curso. A Filosofia e Ética, no que se refere à avaliação dos benefícios da sustentabilidade. A Matemática, no que se refere à leitura e interpretação de dados quantitativos. A Teoria da Administração, no que se refere à avaliação do impacto do desenvolvimento tecnológico sobre a gestão e a Leitura e Produção de Textos, no que diz respeito às transformações das linguagens pelos novos meios tecnológicos e por meio da construção de dois gêneros textuais, produtos desta pesquisa, a monografia que contempla a linguagem cinetifico-acadêmica e como diário de pesquisa o blog Coffee Break gênero textual midiático.
Tendo como base a seguinte pergunta: por que a Alemanha, sem produzir um pé de café consegue ocupar uma posição de destaque nas exportações de tal produto, apurou-se que o alto custo de produção e escassez de mão-de-obra brasileira são pontos negativos da produção de café brasileira. Em contrapartida, relevo e clima favoráveis propiciam alta qualidade, bem como grande demanda no mercado.
Além disso, a agricultura brasileira é uma das mais modernas em tecnologia, fruto de grande investimento tecnológico. Efetivamente, existe modernização tecnológica, principalmente a partir da irrigação, por exemplo, o que possibilitou que áreas improdutivas passassem a ser cultiváveis, ainda que algumas ferramentas como colhedeiras mecânicas usadas na produção encontrem obstáculos em terrenos montanhosos por não ultrapassarem 15% de declividade. Diante disso, ainda que a produção brasileira se destaque, o volume das exportações de café beneficiado é mínimo, pois o Brasil não possui eficiência em sua logística para distribuir e vender toda a produção em curto prazo.
A produtividade brasileira tem tido uma resposta espetacular e a média de produtividade, hoje em torno de 22 sacas por hectare, é interessante, mas usar mecanismos que melhorem ainda mais a qualidade do produto final poderia aumentar as exportações brasileiras.
A Alemanha importa um volume em torno de 06 (seis) milhões de sacas de café, por ano, do Brasil, e é o segundo maior importador do café brasileiro, ficando atrás apenas dos EUA; mas sem produzir um pé de café, ocupa uma posição expressiva no cenário das exportações do produto.
Fonte: http://www.google.com/
Isso se explica devido a seu enorme parque tecnológico com destaque para a maquinaria industrial, desenvolvida por sua própria e moderna indústria. Outro tanto deve-se ao seu grande potencial financeiro, que possibilita financiamento aos clientes e entrega direta de café beneficiado. E o diferencial dos germânicos está, também, na ousadia comercial. A agressividade empreendedora, a força financeira e a tradição alemãs conquistaram o mercado europeu. Para atingir esse posto, os alemães se aproximaram de grandes grupos de supermercados do Leste, por meio de grandes estratégias de marketing. Este - um dos principais mercados conquistados - aumenta seu consumo de café muito em decorrência dessa introdução do produto alemão, em larga escala.
Fonte: http://www.google.com.br/
Outra grande vantagem alemã é a posição estratégica no centro do continente europeu, unida ao fato de possuir extensa malha rodoviária e ferroviária, um dos principais aeroportos do mundo e a vantagem geográfica do rio Danúbio cruzando o seu território. Assim, com uma logística altamente favorecida por tais características, a Alemanha consegue entregar café beneficiado a qualquer país europeu, em questão de horas.
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Se os dados comprovam a posição do Brasil como maior produtor e maior exportador mundial de café em grão, acompanhado pelo Vietnã. Percebe-se que pouco falta para que atinja esta posição de destaque também nas exportações de café beneficiado – ousadia e inovação tecnológica serão seus maiores aliados.
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